quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

De todo meu coração, feliz 2012 meus amigos!!

O tempo... O tempo sempre faz bem... E quando não parece fazer bem é só porque ainda não passou tempo o suficiente. Um ano. Durante um ano todo você procura respostas, motivos, justificativas e não acha nada. Aí no final do ano você aproveita as promessas de que tudo vai mudar e muda também a pergunta que você se faz... E aí você se pergunta “por que eu me perguntei tantas vezes a mesma coisa?” e chega à conclusão de que já que não encontrou resposta, é melhor deixar pra lá e... Vejam só... Você percebe que consegue viver sem essa resposta.  E se pergunta, por que não se perguntou antes por que se perguntava tanto sobre a mesma coisa e não deixava isso pra lá... E aí você percebe que a gente pode viver sem respostas, mas nunca sem as perguntas certas.
A gente erra. A gente erra muito. Mas e quem foi que disse que isso é ruim? Benditos sejam os nossos erros, as nossas derrotas, as nossas perdas. Principalmente quando a gente SE perde. Só quem está perdido procura o seu caminho com a vontade genuína de quem realmente quer encontrá-lo.  Errar, ser derrotado, se perder é tudo simplesmente divino. É tudo o que nos dá parâmetros pra seguir em frente e buscar o que a gente realmente quer.
Com toda a certeza a gente odeia várias partes de várias coisas. Pena que a vida e as pessoas não são como açougue ou padaria onde a gente pede 300g disso sem a gordura, 100g daquilo, 10 unidades de alguma outra coisa e leva pra casa só o que realmente convém. O pior é que até quando a gente pede só o necessário, o necessário às vezes sobra, e às vezes falta. Tudo por causa dessa dádiva e maldição da imprevisibilidade da vida.
Todo cálculo chega a um resultado, positivo ou negativo e dizem que todo o resultado matemático é exato, implacável e imutável. O que soma, soma. O que diminui, diminui. O que multiplica, multiplica e o que divide, divide. Se fosse assim, ninguém mandaria encontrar o maldito “X”. Seria ele o grande problema de tudo? Ou seria a solução? Findando a conta, que em 2012 somem-se as pessoas de verdade e as amizades, que se diminuam as tristezas, que se multipliquem muito os momentos de felicidade e que a gente aprenda a dividir, seja o que for com quem também queira dividir. Que a gente erre e erre muito, que a gente se perca a todo o tempo pra se encontrar cada vez mais, que a gente saiba fazer perguntas certas e que não se questione mais o que não vale a pena ser respondido. Que a gente tenha a sorte de ter a memória suficientemente treinada pra esquecer o que precisa ser esquecido e lembrar quem a gente finalmente notou que era. Que todo medo, tristeza, frustração e afins fiquem no ano que passou. E que no ano que se aproxima, a gente ame, ame e ame, porque lá no finalzinho das contas mesmo, nada mais tem valor nenhum.

Tiago Giacomoni

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Causa e conseqüência

Se você for parar pra pensar em tudo, sobre a vida, sobre as coisas que acontecem, você terá um dia de vida e um mês de reflexão sobre esse um dia. Todas as nossas atitudes, as nossas palavras e os nossos sentimentos estão ligados a algum motivo e esse motivo é o que ferra com tudo, pode ser algo que já suspeitávamos, ou algo totalmente diferente disso.
A gente perde tempo demais tentando entender, analisar, processar e superar as coisas. Se fôssemos mais realistas, racionais e práticos as coisas se resolveriam mais facilmente. Eis aí 3 características que nem sempre fazem parte do que somos.
Teu namorado te deixou? Supere (mas antes odeie, não pule nenhuma fase. Ah, tequila e sexo bem feito com alguém diferente também ajudam!)
Faliu? Supere e corra trás do prejuízo!
Perdeu o emprego? Supere e procure outro!
Acho que tudo é uma questão de causa e conseqüência, ação e reação... E não da forma pragmática de que aqui se faz, aqui se paga, ou "Deus castiga". Pô, ele é Deus, você acha mesmo que Ele não sabia que você faria isso? (Se você já leu A Cabana vai entender um pouco da forma como eu creio em Deus, mas isso é um blog de pensamentos e não filosofias religiosas, logo, não entrarei nesse mérito).
O ponto é: nada é acaso, tudo tem uma relação e há duas formas de encarar tudo isso: ou você pode sofrer as conseqüências de atitudes impensadas, ou você encontra uma causa, vive por ela e se abre pra todas as conseqüências, considerando que muitas delas podem se tornar novas oportunidades. E no caso de nada disso dar certo, vale lembrar que sempre dá pra começar tudo de novo!

Tiago Giacomoni

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Primeiro da série: Coisas que não edificam!

            Quando eu era pequeno eu tinha medo era do Mestre dos Magos. O Vingador só tinha um chifre e isso me dava pena, ele era um meio capeta ou um inútil que nem pra ser um total corno serviu. O Mestre dos Magos não... Ele era um MESTRE... E dos magos. Sinceramente, não me lembro de nenhum outro mago no desenho em questão, o que faz dele um militante solitário de um sindicato que provavelmente deu errado. Mas ainda assim, ele era sacana, e ao mesmo tempo em que eu tinha agonia, eu pensava: “Porque eles não dão um pau nesse velhote e fazem-no levar todo mundo embora e não acabam com essa palhaçada logo?”. Eis a resposta: Eles eram os bonzinhos. Um arqueiro (provavelmente gay), um guerreiro (obviamente gay) uma ruiva chata que só era legal quando ficava invisível, uma menina com síndrome de Maurren Maggi, e a inesquecível criança chata com o tacape e... o Uni... Ahh o Uni... Nenhum desenho animado me despertou tanto ódio. Um pônei (que provavelmente roubou o outro chifre do vingador) disfarçado de criatura mística que só atrasava a vida de todo mundo. Ah, quase me esqueci do mago... Olha o outro membro do sindicato falido do “Meeeestre” (pensem nisso com eco). Chato pra caralho, por isso esqueci.
Olhem a maldade nos olhos dessa criatura.

Considerações a parte, eu adorava A Caverna do Dragão!

“E por fim, talvez eu seja o anti herói que sempre temia quando pequeno. A boa notícia? Eu cresci, e hoje me sinto muito melhor assim do que sendo o cara sem sal de cabelinho lambido e óculos fundo de garrafa.”

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aprendi!

Com o tempo me tornei bem diferente! Me tornei mais aberto pro mundo, pra vida e pra tudo que ela pode me proporcionar. Me dei conta de que estar aberto pra vida não é sinônimo de estar vulnerável e sim de ter consciência de que eu tenho maturidade pra encarar as conseqüências dos meus atos, das minhas palavras e dos meus pensamentos. Entendi que até mesmo quando a gente se machuca, vale a experiência, mas que uma boa dose de pé no chão em tudo nunca é demais. Me tornei mais alegre, pois aprendi e aprendo cada vez mais que tudo tem seu tempo e que se aquilo que eu quero não aconteceu é porque não era o momento.
Percebi que a gente se condena por pouco, se vangloria muito e faz muito para os outros e pelos outros e pouco por e para si mesmo. Aprendi que crianças crescem, que instituições se destituem, e que os livros são ótimos, mas que a vida é bem diferente. Aprendi a respeitar o que é diferente.
Com o tempo aprendi que tudo que eu aprendi sobre as pessoas deve ser usado para o bem delas e não o contrário. A vida, as circunstâncias e a forma como as pessoas enxergam cada coisa é o que as derruba, não cabe a mim esse papel! Aprendi que as pessoas agem por impulso e que fazer qualquer coisa pra provar alguma coisa pra alguém é mais deprimente do que não fazer nada, afinal, fazendo algo ou não, as pessoas sempre tiram suas próprias conclusões, formam uma opinião e que – precipitada ou não – não define o que nós somos, esse é o nosso papel.
 Aprendi que a superação da mágoa é a indiferença, pois até mesmo o ódio é uma maneira de manter uma ligação. Aprendi que a minha educação, profissionalismo e caráter não dependem dos outros, não é uma questão de reciprocidade e sim de personalidade.
Entre várias outras coisas aprendi a ser feliz, e graças a Deus reaprendo isso sempre. Aprendi duas palavras mágicas sobre que definem a ordem natural da vida: ELA CONTINUA! E aprendi o mais importante de tudo que é lembrar de tudo isso. Do que passei, do que fui ao que me tornei e de que nada, nem ninguém muda aquilo que eu sou e que bagagem é só aquilo que aprendo e que me agrega algo. O nome de qualquer outra coisa diferente disso é PESO MORTO e não tem motivo nenhum pra andar comigo!
Aprendi que tenho muita coisa pra aprender e que aprender é uma coisa simplesmente linda!
Tiago Giacomoni

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quase

          Acho divertido quando as pessoas dizem que não são meio isso ou meio aquilo... No fim a gente é um quase meio de alguma coisa mais ou menos média assim, nem boa nem ruim... Ninguém é 100% certo ou 100% errado... A gente muda constantemente, muda de opinião, muda o cabelo, muda o gosto e pelo amor de Deus muda os paradigmas também!
          Talvez a gente diga que é totalmente alguma coisa porque a gente precisa da totalidade, do inteiro, metade só não contenta. O problema é que a gente busca tudo na totalidade, até mesmo as coisas ruins, sofrimento, dor e afins, e assim vai testando a corda até que ela arrebenta.
          Dizem que você não pode ser mais ou menos... Ora, e quem foi que disse que o mais ou menos é ruim? Prefiro ser quase feliz e buscar sempre o algo mais do que me contentar com o inteiro de infelicidade... Mas se você considerar o meu quase pouco ou muito, isso é uma percepção sua porque na minha eu continuo sendo quase e prefiro continuar assim, pois enquanto eu sou quase eu posso ser muita coisa e quem é muito? Melhor que muito é excelente, mas e se for o contrário... Pior que pouco é insuportável! Não, não... Coisa chata essa mania de ser tudo ou ser nada! Até onde me lembro todo mundo erra, acerta, evolui, decai, oscila! E os reis da plenitude e perfeição (e também da hipocrisia descuidada e involuntária) que sejam felizes de sua forma!
          Quer saber? Sou quase... E sou feliz, os que são tudo ou nada que me desculpem, mas não quero ser nada e quando eu for tudo já não tem mais sentido pra eu ficar nesse mundo!
Tiago Giacomoni

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ponto de Vista

          Um ponto de vista é uma opinião, uma determinada forma de pensar baseada em fatos, convicções e experiências e na forma como vemos os mesmos. É um conjunto de conceitos que forma algo em que acreditamos e que passamos adiante e que faz com que a gente caminhe em direção daquilo que queremos... Ou pro lado oposto disso.
          Tudo que vivenciamos vai nos fazendo agir e pensar de determinadas formas que seriam totalmente diferentes se as experiências fossem diferentes. Constantemente dizemos: “se eu pudesse voltar atrás eu faria de outra forma”... Se fizesse diferente não seria você! É a velha mania de perfeição do “faça isso”, “faça aquilo”, “seja assim que é bom”, “não seja assado que é feio”... Feio é julgar e achar que só um ponto de vista é certo, tudo é diferente e cada um é um. Simples assim. Duas (ou dez) pessoas podem passar pela mesma situação e ter pontos de vista totalmente diferentes. E a gente vai se construindo com tudo que vive, vai juntando os pedaços, um aqui, outro ali, vai encontrando pessoas que nos fazem mudar, nos fazem descobrir quem realmente somos, aí é que a gente começa a viver, formando nossos pontos de vista e é aí também que entra o problema, porque, a gente forma o nosso, e não considera nenhum outro.
          Mas, se um ponto de vista é uma forma de pensar baseada em fatos, convicções ou experiências, e se não é possível mudar nem fatos, nem experiências, basta trabalhar nas convicções, pois convicções só são convicções até que nos provem o contrário, e se mesmo assim não der certo, a gente muda a visão e a visão muda tudo. A gente nunca desiste do que quer, apenas deixa (talvez temporariamente) de querer.
          Nenhum ponto de vista é definitivo, aliás, nada é definitivo. Já dizia Lulu Santos: “tudo muda o tempo todo no mundo”. E muda porque a gente muda... Muda porque mudar é bom, mudar faz bem, mudar é a melhor alternativa a se tentar sempre!

Tiago Giacomoni

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Limites

A grande questão não é a dor, nem a frustração, nem a raiva e nem mesmo a sensação de “braços atados”, mas sim os limites de até quando a gente agüenta cada coisa e cada situação. Dizem que quando a gente acha que não consegue mais, ainda temos mais 20 ou 30% a mais de força, como uma reserva que o corpo tem escondida pra quando precisar. Fato! A parte boa de chegar ao limite de uma situação é ver que o limite não é tão difícil assim quanto parecia, e no fim, é tudo uma questão de equilíbrio, um certo Tiago Giacomoni já disse uma vez neste mesmo blog que a dimensão das coisas é a gente quem dá!
A parte difícil é que a gente esquece. Esquece de olhar calmamente, torna grande quem e o que é pequeno e por perder tempo demais com o que é pequeno, esquece o quando a gente é grande! A gente esquece o objetivo maior quando algo nos desafia em uma coisa menor. Perde-se o foco e se esquece que a vida é bem maior do que o “ovo” que são os nossos problemas que a gente também se esquece de esquecer!
Considerando que a vida é bem maior como já disse, acho perda de tempo ater-se a coisas que não agregam, pessoas que não somam e situações que não fazem feliz só pra vencer uma queda de braço ou uma batalha ou uma guerra... Existem três maneiras de se guerrear: ou você parte para um ataque esmagador com todas as armas e forças... Ou você tem estratégia e paciência e vai exterminando o inimigo aos poucos ou você simplesmente se retira, e para esta decisão cabem também três perguntas básicas: 1ª - Pelo que se está lutando de verdade? 2ª - Vale a pena lutar? 3ª – Qual é o ganho com a vitória, além da inflação do ego e da temporária sensação de satisfação?
Ego... Sempre o ego, batalhas foram travadas, pessoas morreram, reinos foram destruídos pela idéia tosca de que só há uma verdade, de que não há espaço para todos, de que só há um modo de fazer e um lado certo... O certo é aquilo que a nossa consciência permite que a gente viva bem e nos tempos de hoje, com tanta diversidade a gente já devia ter se dado conta disso. Felizmente, o que ocupa o espaço físico neste mundo são os nossos corpos, e não nossos egos!
Tiago Giacomoni

domingo, 7 de agosto de 2011

Perspectivas

Depois que a gente muda e muda o nosso pensamento, a nossa perspectiva muda. As coisas, as pessoas, os fatos e todas as “peças” do “quebra-cabeça” continuam as mesmas, o que mudou foi somente a nossa visão sobre isso. E a nossa visão, é claro, muda absolutamente tudo.
Tudo tem dois lados, toda a história de guerra contada é somente a versão do vencedor e é a sua visão ali exposta. O que geralmente se esquece é que, possivelmente a história é maior do que somente o que foi contado, assim como as coisas são maiores do que parecem e as pessoas são mais complexas e mais completas do que apenas serem boas ou más, até porque, até mesmo essa denominação depende de um ponto de vista, que é pessoal e individual.
Uma ameaça que pode se tornar uma oportunidade, uma oportunidade que pode se tornar uma ameaça e a mudança de perspectiva que pode mudar absolutamente tudo, porque nada é somente aquilo que parece ser.
A questão é: só é possível mudar e se tornar a visão que alguém tem de nós, ou aquilo que queremos ser quando nós mudamos e realmente nos enxergamos dessa forma, do contrário, é uma opinião alheia e que não terá a menor importância, pois quando se sabe aquilo que se é e o que não é... Não há necessidade de aprovação, nem de auto-afirmação, nem de provar alguma coisa pra quem quer que seja, porque quando a gente muda, tudo passa a ser permitido, o princípio que se segue é o de ser feliz e aqui, também não entram créditos ao “certo” ou “errado”, apenas um simples “convêm” ou “não convêm” naquele momento!

Tiago Giacomoni

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Início da II temporada - Possibilidades

Possibilidades
Possibilidades... A vida é feita delas! Temos a possibilidade de sermos felizes ou de realmente quebrarmos a cara. Temos a possibilidade de crescermos ou não e temos a possibilidade de não termos possibilidades.
A diferença está em identificar e diferenciar cada uma delas e arriscar naquelas que nos parecem o melhor investimento. O risco é só uma conseqüência de nos permitirmos viver cada uma das inúmeras possibilidades que a vida nos mostra e vai de cada um tirar aquilo que tem de melhor em cada possibilidade. O risco é necessário e é o que nos faz sentir vivos. Cada coisa que nos acontece é diferente porque algumas coisas parecem meras coincidências e outras parecem caprichos do destino em colocar cada coisa e cada pessoa em seu devido lugar no exato momento em que deve aparecer, pois se tivesse aparecido antes não fariam o menor sentido. E no fim tudo muda, ou não muda, permanece ou não, de acordo com a nossa vontade.
A verdade é: nada passa de um grande “se”. E com o tempo a gente passa a perceber melhor aqueles “se” em que se deve arriscar e os “se” que não valem à pena, mas mesmo aqueles que não valem à pena, mostram alguma coisa importante, nem que seja apenas mais uma forma de não fazer alguma coisa.
Possibilidade... É aquilo que pode ou não acontecer, pode ou não dar certo, pode ou não continuar e é apenas uma questão de escolha, mas, se numa dessas possibilidades aquele olhar encontrar com o seu, nem tente desviar o olho, pois geralmente é inútil... Mas, eu preciso dizer que essa é só mais uma possibilidade?

Tiago Giacomoni

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Balanço

Iniciei com um balanço... Termino com um balanço, confesso, prefiro o segundo onde o resultado é um sorriso que simboliza um lucro sem tamanho, o que é muito melhor do que um tombo e vários machucados que o outro balanço trouxe e provavelmente trará diversas vezes... E quem disse que viver é... E quem disse que a gente sabe alguma coisa do que é viver?
Obrigado a todos que leram meus textos até aqui, esse é o fim de uma temporada, mas em breve escrevo mais, pra quem gostou, muito obrigado de coração, pra quem não gostou, faça um favor a si próprio e leia somente o que lhe agrada!
Tiago Giacomoni

Tempo... Ciclos... Decisões... Vida útil... Perdas... Realidade...

O tempo que faz a gente se reinventar, mudar as perspectivas, as necessidades, as convicções e por que não os princípios? O tempo que faz a gente acreditar mais, ou menos nas pessoas, que faz a gente se conhecer melhor, aprender mais sobre si mesmo e enfim evoluir. O mesmo tempo que por vezes parece se arrastar e em outras parece voar. O tempo que cura, que define a vida útil das coisas e das pessoas. Que faz a gente superar as perdas, que faz a gente pensar nas decisões a serem tomadas. O tempo que encerra verdadeiramente os ciclos!
Os ciclos que iniciam e findam a todo o tempo numa constante sem fim, ciclos que trazem mudanças, que definem prioridades, necessidades, o que é bom e o que é ruim em cada momento. Ciclos que se fecham e dão lugar a outros, e o mais legal de tudo é que a cada ciclo a nossa bagagem é maior, a gente aprende mais, a gente erra menos e vive de forma mais plena em todos os ciclos que seguem, cada vez mais e cada vez melhor.
As decisões que vem das prioridades e necessidades de cada ciclo e que conforme o nosso aprendizado vão se tornando mais acertadas evitando a própria degradação, evitando aquilo que nos faz mal ou que não tem sentido. Decisões estas que definem a vida útil de cada coisa, de cada principio, de cada pessoa, de cada minúscula centelha de sensações vividas, sejam elas boas ou ruins, porque até mesmo as lembranças tem uma vida útil e em determinado momento, nem estas mais fazem sentido.
E no fim das contas você chega a mais crua realidade onde percebe que cada coisa tem seu tempo, que tudo tem fases e que não adianta precipitar nada, tudo fica em nossas vidas somente o tempo que tem que ficar e vai embora quando tem que ir. E que tudo é passageiro e essa é a parte boa porque mesmo as coisas ruins não vão durar pra sempre. Mas, o mais legal de tudo mesmo é que a gente vê que ser feliz é muito melhor do que apenas parecer feliz e que isso vicia!
Tiago Giacomoni

terça-feira, 21 de junho de 2011

Realidade

Realidade
Vou dizer o que é a realidade. É quando a gente se depara com como as coisas são de verdade e vê como são diferentes daquilo que a gente imaginava. É quando a gente vê como os nossos atos e tudo mais têm conseqüências não só pras nossas vidas, mas pra todas as partes envolvidas. É quando a gente vê também que a realidade nem sempre é linda, que nem sempre tudo é como nos livros ou como disseram que seria.
Realidade é quando você vê que tudo é de verdade mesmo, que a gente vive de verdade, que a gente sofre de verdade, que é feliz de verdade porque realidade é de verdade, e aí você percebe que você também é de verdade! Realidade mesmo que diferente do que se imaginou, mesmo nem sempre sendo como disseram que seria, é sempre melhor do que qualquer suposição ou lenda. E quem disse que depois do “felizes para sempre” não teve um “e o príncipe foi pego na lei Maria da Penha”. Toda a história é a versão dos vencedores e nem sempre corresponde a realidade.
Abrir os olhos, acordar, nem sempre é fácil. Quando se passa muito tempo com os olhos fechados toda a luminosidade é dolorosa no primeiro momento, mas depois já não se sabe mais viver sem a claridade, sem enxergar a real forma das coisas, sem poder ver suas belezas e suas partes feias. Algumas vezes é melhor fugir da realidade, e por várias vezes queríamos nunca ter aberto os olhos porque a escuridão é tão confortável e ao mesmo tempo tão segura. É mais fácil viver de olhos fechados, esbarrar na mesma cadeira todos os dias, batendo a mesma parte do corpo do que abrir os olhos e sentir dores novas... Abrir os olhos pode ser uma merda, pode ser a melhor coisa que já aconteceu, pode ser... Afinal nada passa do pode ser se você não arriscar descobrir e se a realidade é diferente daquilo que a gente imaginava lembre-se que há uma grande possibilidade dela ser muito melhor do que se esperava!
Tiago Giacomoni

domingo, 12 de junho de 2011

DECISOES

Na grande maioria das vezes esquecemos o poder de decisão que temos de mudar as nossas vidas. Fugimos tanto da responsabilidade de nos fazermos felizes por si sós que esquecemos o quanto as nossas próprias decisões mudam tudo.
Há decisões rápidas e fáceis de serem tomadas, há aquelas que demoram dias, meses ou anos, mas que mais dia menos dia são tomadas. Há aquelas que nós mesmos postergamos por falta de coragem e o que não conseguimos enxergar é que muitas dessas são as que nos libertam, porque toda a decisão que gera um fim, automaticamente gera um recomeço, e às vezes, recomeçar é o que mais precisamos no momento. E aí entra a questão de considerar as coisas como permanentes. Nada dura pra sempre nem mesmo a dor da mais dolorosa das decisões, portanto, é tudo uma questão de tempo.
O problema com voar não é o perigo de cair, mas sim o fato de não querer mais andar depois que se voa a primeira vez, o que esquecemos é que fomos feitos para andar e não para voar, mas que mesmo assim, podemos voar quantas vezes quisermos, é só se permitir! O que esquecemos é que somos sobreviventes de tudo que já citei aqui como os tombos de balanço, os altos e baixos e todas as nossas oscilações, somos guerreiros que tem batalhas diárias, que superam decepções, frustrações e perdas. Vivemos muito, aprendemos muito, crescemos inevitavelmente e dolorosamente, mas nos tornamos incontestavelmente grandes e fortes!
E tudo faz parte de todo o aprendizado que temos ao longo do nosso crescimento. E quando a gente cresce, aprende que as decisões têm que ser tomadas mesmo que causem dor, pois toda a dor é só mais uma diante de todas as que tivemos e que teremos na vida e que ela, por pior que pareça, é apenas uma das inevitáveis fases da cura.
Tiago Giacomoni

domingo, 29 de maio de 2011

Altos e Baixos

Altos e baixos
Somos instáveis. Isso é um fato, mas não deve sobre hipótese alguma se tornar um fardo. Não seguimos uma linha reta, não somos plenos, temos oscilações e é aí que começa a parte divertida.
Nada é bom ou ruim a todo momento, nenhuma situação gera um único sentimento, a nossa consideração, a importância ou o sentimento que direcionamos para cada coisa varia conforme a nossa necessidade naquele momento. A vida é cheia de responsabilidades, objetivos, mudanças... E encaixar cada coisa em seu lugar não é tarefa fácil!
Cada parte da nossa história é diferente, temos altos e baixos. Uma hora queremos muito algo, na outra já não temos tanta certeza e o importante é não basear as escolhas em um único momento... Não é porque em um dia ou dois algo não fez sentido que isso não terá mais sentido nos 363 restantes do ano. O importante é ter sempre em mente que os baixos não fazem os altos serem menores e nem apagam a sua grandiosidade.
Não somos uma única coisa, não temos um único objetivo e nem uma única necessidade e isso confunde, mas viver não é manter-se sempre na mesma posição, no mesmo conceito e no mesmo sentimento e sim saber se reinventar considerando que oscilar, alternar entre os altos e baixos, entre o sentir e não sentir, querer e não querer é somente mais uma das características que nos fazem humanos e seguir em frente vivendo um dia de cada vez, considerando que um dia ruim é só um dia e que vai acabar em algumas horas é o que nos faz crescer.
Tiago Giacomoni

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Hoje!

Hoje é um dia muito diferente de ontem e amanhã eu não faço idéia de como será, não tenho certeza de quero descobrir porque o hoje, ah o hoje me dá tanta certeza do que é e do que não é... E que hoje seja o melhor dia de todos, que seja um dia sem medos, sem mágoas, sem ressentimentos, sem culpa...  Pule as partes chatas, pule o que tem de ruim, se não deu certo, passa pra próxima e segue em frente! E mesmo que te digam: um dia não vai mais dar pra pular a parte chata... Bem, quando esse dia chegar você se preocupa, hoje não!
Hoje eu me dou conta de que o único responsável pelos acontecimentos na minha vida sou eu mesmo e por isso, hoje eu quero fazer o melhor que eu puder pela minha família, pelos meus amigos, pelo meu trabalho e por tudo aquilo que compõe a minha vida, se vai dar resultado eu não sei, mas geralmente os resultados das nossas ações não aparecem no mesmo dia mesmo...
Hoje eu vi que me dediquei tanto a pensar, repensar, conceituar, rotular e esqueci de aproveitar, de aprender ao invés de repreender, de elogiar ao invés de julgar, de relevar ao invés de apontar como erro.
Hoje eu quero só coisas boas, não quero complicações, as coisas são simples, são leves e não pesadas, a vida é uma passagem, não um fardo, e uma passagem rápida que pode ser um ano, uma década, um qüinqüênio ou um dia, hoje! E que nada atrapalhe esse hoje que tem muito, mas muito mais coisas boas do que... Do que o que mesmo?
Hoje... Hoje vai ser o dia, é isso que eu quero e é isso que vai ser...
E amanhã? Amanhã que espere a sua vez, hoje estou me dedicando ao hoje!

Tiago Giacomoni

sábado, 14 de maio de 2011

Vida util

Vida útil
Como sempre digo, penso que complicamos demais as coisas. Damos importância demais aquilo que não é importante, deixamos de nos importar com aquilo que realmente importa e no dedicamos demais aquilo que não exige (e algumas vezes não merece) dedicação.
Tudo tem uma vida útil, um prazo de validade mesmo que invisível, coisas, pessoas, posturas... E não é nem questão do considerarmos tudo como perecível, mas é questão de tudo ter uma história própria, ser aquilo que é e se adequar ou não aquilo que nós somos no momento em que vivemos e de acordo com o que precisamos. Pessoas, um bom exemplo. Pessoas não são perecíveis, apenas tem um prazo determinado de permanência nas nossas vidas que pode ou não se prolongar e pode ou não reaparecer, porém, sempre tem um prazo, que não é pré-determinado e nem previsível, considerando-se principalmente que nesse caso, são duas histórias: a nossa e a da outra parte envolvida. Nem sempre o momento final da “validade” parte de nós e é justamente por isso, por serem duas histórias ou mais, envolvidas na nossa própria história.  O grande problema é a dimensão que damos pra isso, pois quando se tem a consciência de que tudo tem uma vida útil, torna-se mais racional aquele que já espera pela “expiração” do prazo, porém, quando não se tem essa consciência e se baseia somente nesse momento como “grande momento” e o considera permanente, o final é doloroso e frustrante.
Tudo muda constantemente conforme as nossas necessidades. Gosto de exemplificar com pessoas porque como todos têm uma história, necessidades e momentos próprios não é possível prever ou garantir a permanência de alguém nem condicionar nada aos nossos objetivos. E não é questão de não sentir, mas de realmente conseguir ver que nem sempre as coisas são como queremos, as pessoas são livres e, Deus, NÓS SOMOS LIVRES! E somos livres pra tomar decisões, acertar contra todas as previsões, errar contra todas as expectativas, retroceder, reinventar e tentar de novo! E que merda é essa de tornar tudo um erro irreversível? Tudo é reversível, tudo é mutável e tudo, absolutamente tudo tem uma forma diferente de se fazer e um ponto de vista diferente.
E aqui não entram méritos de certo ou errado, “coisificar” ou não as pessoas, tornar banais ou não as situações vividas, porque o que realmente importa talvez continue lá, permaneça intacto e imaculado e continue sendo importante e o que tenha mudado seja apenas a necessidade daquilo naquele momento ou a sua vida útil que possivelmente tenha, mesmo que temporariamente, deixado de existir!
Tiago Giacomoni

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe

De todas as coisas que a ciência não explica e de tudo que ela jamais explicará nada é tão sobrenatural do que ser mãe.
Ser e não estar, eis uma condição permanente, intransferível e que transforma mulheres em super-mulheres! Quisera eu poder aqui traduzir tudo aquilo que há por traz dessa palavra tão pequena e de significados tão grandes. Ser mãe traz o dom de conhecer tão bem a sua prole a ponto de desenvolver dons quase que mediúnicos e que são incontestáveis, tornar-se monossilábica quando o filho está assim, fazer uma entrevista só quando ele realmente se sente pronto e ter a arte de diagnosticar qualquer situação até mesmo pela respiração de um filho!
 Ser mãe traz habilidades, e habilidades estas que as classificariam para presidente de qualquer multinacional mesmo quando ela não tem estudo, pois ela gerencia um estoque inteiro de mantimentos sem deixar faltar nada, faz campanhas de marketing agressivo e que dá resultado, te faz comprar a idéia de não fazer ou fazer algo por ela só com uma olhada. As mães também são ótimas em gerenciar conflitos sem se tornarem autoritárias e mesmo que se tornem, não perdem a admiração que tem, mas ai daquele que não obedece e esquece o seu aniversário! E a gestão estratégica, ah a gestão estratégica... Milagrosamente com méritos da competência das mães, pois até milagre elas fazem tudo funciona perfeitamente bem e o resultado de todo esse trabalho tão bem feito está na formação de administradores, médicos, cientistas (que continuarão a não explicar esse fenômeno) e tantos outros... De quebra, além de ser essa "profissional completa" orquestra com maestria a previsão do tempo e desbanca qualquer meteorologista dando a previsão exata do tempo (é como eu sempre digo sempre leve o guarda-chuva quando ela disser que vai chover, pois acredite, vai chover).
Há quem diga que uma mãe se torna mãe desde o momento em que descobre que será mãe, pois todo o amor que é possível ter já é direcionado para o ser gerado e esse amor jamais acaba jamais vai embora, mesmo se o filho for e jamais se condiciona a algo. Faltam predicados na língua portuguesa e em todas as outras línguas pra falar da grandiosidade deste ser místico que é fantástico e maravilhoso, que segue ao nosso lado mesmo quando não está do nosso lado! Mãe, obrigado por ser quem você é e por colaborar para eu ser quem eu sou!
Parabéns a todas as mães pelo seu dia!
Tiago Giacomoni

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Senso Comum

É bobagem tentar elevar-se a altura de um deus ou a nobreza de um rei. Ser justo é uma questão de ponto de vista, pois justiça não um conceito único para todos. Ser essencialmente humano é a nossa sina por mais que tentemos fugir dela. Perdemos tempo demais tentando não ser o que somos com medo da reprovação alheia e principalmente da própria reprovação. Tentamos amenizar os nossos erros como se eles fossem fatais, definitivos e como se somente eles definissem quem e o que somos. Na verdade os erros são somente uma parte de nós. Uma parte inconseqüente ou imatura ou insegura ou tantas outras coisas que somos em um ou outro momento. Temos medo de sermos comuns e aí tentamos nos diferenciar uns dos outros da mesma forma que todo mundo usa pra se diferenciar. Como adolescentes que se vestem de colorido e escutam um falso rock para tentar ser “diferente” e acabam encontrando uma “tribo” de iguais na diferença (e aqui confesso sem medo algum que preferia a minha época quando nos vestíamos de preto e escutávamos rock de verdade). E tentando fugir do senso comum caímos ainda mais nele. Não há como fugir, seguimos padrões de comportamento, repetimos erros alheios, copiamos atitudes boas e ruins e a vida se torna uma repetição sem fim de aprendizados já aprendidos!
Hipocrisia é pensar que as perdas não nos afetam, que as dores não nos fazem sofrer, que e as conquistas não nos elevam e que elogios não massageiam nosso ego. Somos o que somos e é tão melhor assumir pra si próprio a condição de seres humanos, eternamente insatisfeitos, em algumas atitudes incompreensíveis, e na grande maioria das vezes imperfeitos. E que mal há nisso? E por fim, qual o problema em ser tão igual? Cada pessoa é diferente por si só, então qual o problema em seguir o senso comum algumas vezes?
Dizem que o conhecimento científico um dia foi apenas o senso comum, o conhecimento empírico passado de geração para geração que foi pesquisado, estudado, comprovado teórica e praticamente e por isso virou ciência. Assim como algumas superstições foram comprovadas e chamadas de fenômenos naturais após anos de estudo, afinal se houve uma “maioria de votos” não é à toa. Métodos tradicionais geralmente se tornam métodos tradicionais por terem o melhor resultado no curto e no longo prazo.
E quem sabe se um dia não se explica o fato de chover sempre que a mãe manda você levar o guarda-chuva e você não leva... Quem sabe um dia beber pra esquecer alguma coisa não vira uma ciência... Quem sabe se tentar ser prático não é ser adulto e realista e se nos permitirmos viver a condição humana com todas as imperfeições e erros não é o melhor caminho... Talvez a imperfeição nos faça ver o quanto a perfeição é chata e desinteressante e talvez a vivência do senso comum seja a maneira de ver que, não é preciso viver de forma brilhante, basta continuar vivendo mesmo com todos os percalços, pois isso já suficientemente brilhante, porque continuar já é a maior vitória de todas!

Tiago Giacomoni

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Versões

Nós mudamos, nos reinventamos e fazemos “versões” de nós mesmos a todo o tempo. Cada uma dessas versões é de acordo com o momento que vivemos e por isso nenhuma versão fracassa, ela apenas não é permanente, pois o momento não é permanente. É injusto culpar alguma dessas versões por algum acontecimento. Tudo é parte da construção daquilo que somos e todas as versões são necessárias para sabermos no fim das contas qual delas “funciona” melhor. Cada momento de vida que temos é composto por um conjunto de objetivos, convicções, princípios, paradigmas e o principal: necessidades!
Temos uma necessidade diferente a cada momento e isso é o que define todo o resto. Acreditamos, pensamos e agimos de acordo com as nossas necessidades. A grande arte não está em mudar em si, mas sim em saber identificar as necessidades do momento em que vivemos, pois muitas vezes não julgamos corretamente, damos importância demais ao que é dispensável e não conseguimos perceber aquilo que realmente precisamos, e se eu tiver que arriscar um motivo, aposto no comodismo necessariamente alimentado pelo medo, e não é o medo que nos faz ser prudentes e sim o medo que nos retém. É como dizem: “a diferença do veneno e do remédio é a dose” e saber dosar feliz ou infelizmente não é a maior qualidade humana. Sem o erro não há o acerto e vice-versa. Todas as versões são necessárias!
Algumas vezes mudamos muito. Algumas vezes mudamos tanto que quase não se reconhece a versão original. Quase, a essência daquilo que realmente somos permanece onde deve estar. É como um sucesso dos anos 80 regravado por diversos artistas. Muda-se o arranjo, muda-se o intérprete e até o ritmo, por vezes mais calmo, por vezes agitado... E quantos sucessos do rock não se tornaram canções suaves e até mesmo românticas? Comparações a parte, música boa é música boa em qualquer versão, mas quando você acha a versão que mais te agrada de uma música (e de si mesmo) é aí que você não para de escutar mesmo, ou pára, quando encontrar uma versão que agrade mais!

Tiago Giacomoni

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sozinhos

Sozinhos. Há quem diga que iniciamos e terminamos a vida sozinhos. Detalhes a parte, passamos o intervalo procurando companhia. Não gostamos de ficar sozinhos e por isso precisamos do apoio, da companhia, somos uma espécie que precisa viver em grupos ou pares para sobreviver. E o que nos difere dos outros animais? A ilusória racionalidade? E onde está essa maravilha quando simplesmente tomamos decisões erradas, quando complicamos tudo aquilo que é simples e quando causamos danos nos outros e em nós mesmos?
O instinto natural de qualquer animal que vive livre é reproduzir, é atacar quando se sente acuado e procurar um grupo de semelhantes, não necessariamente nessa ordem. Vivemos livres, buscamos a reprodução (mesmo que só na tentativa, na busca pelo prazer) atacamos quando nos sentimos acuados e vivemos buscando um grupo, uma forma de não vivermos a sentença inevitável de estarmos sozinhos. Há um medo enorme dessa realidade, de conviver somente consigo mesmo e de encarar verdades que só se dizem para si próprio porque às vezes algumas verdades causam vergonha de si próprio. E esquecemos que somos humanos e que temos vícios, virtudes, erros e acertos. E esquecemos que somos também animais, e temos os mesmos instintos que qualquer outro animal livre... A diferença é que qualquer outro animal se machuca e aprende. Nós, nem sempre. A diferença é que temos a mania de pensar que pensamos. Pensar pode ser uma dádiva, ou uma praga, só depende do ponto de vista.
Viver é uma responsabilidade grande demais. Geralmente não gostamos de responsabilidade, fugimos dela e talvez por isso tenhamos tanta necessidade de não ficarmos sozinhos, pois, é mais fácil transferir a responsabilidade para outra pessoa do que sermos responsáveis por todos os nossos atos. E aí formamos justificativas que não justificam e tomamos decisões de mudança onde nada muda. Precisamos de parâmetros, precisamos de vida pra saber se tomamos a decisão certa, precisamos conviver para saber o que nos é lícito ou não. E não há nada de errado nisso desde que se viva com a consciência e com a responsabilidade de que todos os nossos atos geram conseqüências, já que vivemos em grupos. E no fim das contas, a vida em grupo é bem mais animada.

Tiago Giacomoni

domingo, 3 de abril de 2011

Mudanças

A mudança é inevitável. O mundo está em constante transformação. A nossa decisão nesse momento é nos adaptarmos a mudança, ou sucumbirmos a ela. Então, ou cumprimos os papéis que nos propomos a cumprir em todos os setores das nossas vidas, buscando mudar junto com o mundo, ou permanecemos em um casulo, tendo a falsa impressão (e ilusão) de que conseguimos adaptar o mundo a nós e não o contrário. Podemos mudar o mundo, mas precisamos mudar primeiro, e esse é o problema.
Nenhuma mudança acontece por acaso, sem antes ou depois. Ela é apenas mais uma das inúmeras conseqüências das nossas próprias atitudes, pois, tudo depende delas e por mais que pensemos que não temos o controle, nós temos. Sempre há alternativa, sempre há outra opção de escolha e outro caminho a ser seguido, é só observar, mas, obviamente, como tudo na vida, há exceções, o difícil é saber distinguir as coisas, porque a gente geralmente confunde tudo e acha que pode fazer mais ou que poderia ter feito mais em coisas que não dependiam ou dependem da nossa vontade, e acaba deixando de ter atitude para mudar aquilo que depende dessa atitude.
E tudo se transforma o tempo todo, porém, algumas coisas inevitavelmente permanecem onde deveriam estar, pois, por traz de toda a mudança, há pontos de vista, opiniões e formas diferentes de pensar e agir e por isso, por mais que alguma coisa sofra uma mudança extrema, essa mudança só é vista por nós se alterarmos o nosso ponto de vista, do contrário, as coisas podem mudar, mas se a nossa visão continua a mesma é como se a mudança não tivesse ocorrido, e aí corremos o risco de permanecermos estagnados em uma bolha, vivendo a utopia do mundo que gira ao nosso redor.
Algumas mudanças ocorrem rapidamente, outras demoram anos para acontecerem. O que realmente importa é o tempo da nossa adaptação, que é a parte mais difícil de toda a mudança. E nessa experiência sem volta que é a vida, o bom mesmo é viver tudo plenamente, é se adaptar rapidamente e aproveitar cada fase, cada momento e cada coisa que não volta (a princípio), porque se as coisas não derem certo, a gente pode mudar, e quem foi que disse que mudança também não pode ser sinônimo de voltar ao que era antes da ultima mudança?
É tempo de mudança! Sempre é tempo de mudança!

 Tiago Giacomoni

domingo, 27 de março de 2011

Perdas II

Ainda sobre perdas no sentido de “final” acho que há muito que falar. A questão não é a perda em si, mas o sentimento da perda, e a iminência do fim, afinal tudo é passageiro. E é incrível que a iminência não nos faça ter atitude alguma. Talvez médicos que convivem com morte ou “segundas chances” milagrosas saibam viver melhor por estar diante dessa constante.
O problema é que algumas vezes o que confunde tudo é o medo, o medo da iminência propriamente dita, o medo da mudança, o medo da quebra de paradigmas, o medo de errar e todos os outros tipos de medo... Inclusive aquele que nos impede de nos permitir, de tentar pra saber se as coisas podem dar certo ou não. Então, ou você percebe a certeza de que a vida é passageira, que momentos não voltam mais e mais uma vez que o tempo não pára e segue em frente, ou você para pra analisar as atitudes alheias e tentar entender o porquê falta atitude nas pessoas, ou o porquê das atitudes justificadas como “viver a vida” que na verdade são mais gritos de auto-afirmação devido à insegurança inútil, tornando-se assim uma delas... Mas grande questão é: que tipo de pessoa você quer ser: as que superam rápido e seguem em frente normalmente, encarando as coisas com serenidade e compreendendo que nem tudo depende somente das nossas atitudes ou as que saem da normalidade pra superar e passam a vida tentando superar o que na verdade muitas vezes nem precisava ser superado mas vivido... Se doer, chore! Se for bom, sorria! Se magoar, resolva! Mas jamais fuja, nem de você nem de ninguém...
Mas e quem é que sabe quem age certo ou age errado? Quem julga isso? Quem sabe o tempo certo das coisas? Não há como ter como base os parâmetros alheios, por isso cada um de nós tem uma história, uma vida, um aprendizado e o principal: encara as coisas de uma forma particular... Nenhuma das perdas que temos ao longo do tempo é insuperável, nem tão grande quanto nós nos tornamos ao longo de todas elas, pois em tudo se tira algo bom, mesmo na dor é possível ter aprendizado, em todo o fim pode haver um recomeço e sempre há tempo até não haver mais tempo... E como a gente não sabe quanto tempo ainda tem...
Tiago Giacomoni
Assim como num dia de chuva aonde a chuva simplesmente se vai... São as coisas e as pessoas...
A capacidade de nos reinventar a cada momento nos faz fortes... Nos faz criar uma memória seletiva e por que não convencional? As coisas que vivemos e o momento posterior onde nos reinventamos são repletos de novos aprendizados, uma nova postura e uma constante infinita de pensamentos e sentimentos novos e antigos com percepções diferentes.... Talvez a gente não tenha tanta dificuldade em se desprender, porque aquilo que amamos e que é verdadeiro não sai em vão das nossas vidas e é impressionante como nos desprendemos de algumas coisas que pensamos que nunca iríamos nos desprender. Eis um possível problema em se reinventar constantemente... Aquilo que se vai, simplesmente se vai... Assim como a chuva simplesmente cessa... A diferença é que a chuva ainda pode voltar... Obviamente essa é só mais uma das minhas hipóteses!
Tiago Giacomoni

domingo, 20 de março de 2011

Perdas

Nenhuma perda é fácil. Nada que consideremos “nosso” vai embora sem deixar marcas, dor, saudade ou frustração, sejam coisas, situações ou pessoas. Isso porque geralmente toda a perda nos remete a expressão “nunca mais”, porém, nem toda a perda quer dizer nunca mais, algumas vezes a perda é simplesmente um intervalo, um período onde as partes envolvidas revêm seus conceitos, crescem, evoluem e aí possivelmente têm um reencontro real e pleno, hipoteticamente falando.
 É por esquecer de cogitar algumas hipóteses que perdemos tanto tempo, deixamos de dizer as coisas que gostaríamos por medo, ou por achar que ainda teríamos mais tempo pra dizer, pra fazer, pra dar os abraços que deixamos de dar, pra ter as atitudes que gostaríamos de ter tido, pra pedir as desculpas que o orgulho bobo não deixou...  Tornamos tudo erroneamente definitivo e muitas vezes fazemos o possível para acreditar que tudo é pra sempre e acabamos esquecendo que pra sempre é muito tempo. É mais tempo que podemos agüentar e é mais tempo do que realmente gostaríamos que as coisas permanecessem.
Sabemos de tudo isso, damos valor somente quando perdemos (clichê, mas verdade) e não há o que questionar porque a gente sabe que as coisas mudam, ninguém é eterno, as pessoas que amamos uma hora tem que partir e que nós temos apenas que acreditar que tudo vai passar, porque nós também uma hora vamos partir e alguém também vai sofrer com isso. Dor é uma experiência individual porém, o padrão é que a dor não vá embora mas que haja uma diminuição da importância que damos a ela pois ela continua lá mas num cantinho, guardada e presente mas de tão acostumados que ficamos com essa presença, ela já não é notada e então é assim que a gente segue em frente.
A merda é que a gente recebe avisos constantemente nada é novidade, não dá nem pra reclamar que não sabia.  E no fim o que nos resta é esperar que tudo que é bom seja eternizado pelo tempo que tiver durado mesmo que em lembranças saudosas, ter a esperança do reencontro, de que vamos ser fortes pra continuar, de que o tempo faça o seu papel e que seja justo e não nos tire só as coisas boas, mas que leve embora os estragos deixados por qualquer perda, porque nada, absolutamente nada que nos aconteça é por acaso ou é desnecessário, tudo é parte da nossa constante evolução e não há como gostar das coisas ruins que nos acontecem, mas nada nos impede de aprender e amadurecer com elas e na pior das hipóteses, acreditar em tudo isso é só mais uma forma de buscar forças para continuar...

Tiago Giacomoni

domingo, 13 de março de 2011

Linhas

Existem linhas muito tênues entre aquilo que queremos e o que nos assombra. Linhas imperceptíveis e intangíveis, mas que fazem toda a diferença! E tudo aquilo que nos assombra uma hora ou outra cruza a linha e passa a ser o nosso desejo, e tudo aquilo que queremos, inevitavelmente, em algum momento vai nos assombrar.
A questão maior e possivelmente geral é o momento em que cada coisa atravessa essas linhas, pois nem sempre estamos prontos para estas mudanças. Eis um bom exemplo: Mudanças. Em determinados momentos elas nos assombram e nos causam medo e esse medo nos impede de seguir em frente. Em outros, as mudanças são necessárias e são tudo o que queremos e o que precisamos.
Há mudanças que são orquestradas por nós, que conseguimos controlar. Mas há aquelas que não dependem da nossa vontade e sim da nossa capacidade de adaptação. E é incompreensível a nossa incapacidade de adaptação, pois desde que o mundo é mundo, o mundo muda, as coisas se transformam constantemente, nós evoluímos e também regredimos algumas vezes, nossas percepções mudam, nossos desejos mudam e as coisas que nos assombram deixam de assombrar e isso é o mais interessante: cruzar as linhas, transformar-se e reinventar-se!
Não há nada definitivo, e possivelmente isso seja a melhor definição de vida! Tudo muda sempre, nós mudamos sempre, tudo está em constante transformação e a maioria das coisas é uma questão de ponto de vista. E fim pode ter também o nome de recomeço. E uma dor pode também ter o nome de aprendizado. E mesmo que você passe muito tempo olhando pra noite uma hora ou outra o sol vai aparecer e toda a escuridão que você estava enxergando vai embora deixando um dia lindo e ensolarado, mas é claro, você só vai ver se quiser cruzar essa linha e ficar pra ver o sol nascer!

Tiago Giacomoni



sábado, 5 de março de 2011

Motivos'

Motivos
Costumo dizer que nem um ato é isolado ou sem intenção, mesmo que a gente ainda não saiba disso. E assino embaixo!
Nada do que a gente faça ou deixe de fazer é sem uma justificativa, mas e pra quê precisamos nos justificar tanto? Culpa. Essa é a palavra-chave, e penso friamente que isso é o que move o mundo. Culpa por ter feito, culpa por não ter feito... Isso nos motiva, ou desmotiva e não tem nada a ver com auto-motivação e sim com os porquês das nossas atitudes. E por que você liga pra alguém quando bebe, por que se lembra de alguém em um determinado momento, por que tem que exibir sua “felicidade” pra outras pessoas... Sim, aspas, a vida é simplesmente cheia delas...
Nada passa impune, nada que façamos é sem um motivo. E sentimentos, será que eles tem motivos? Possivelmente, já que o que somos, ou o que precisamos é derivação da nossa história, do que vivemos, e por mais que agente não queira, não é possível fugir daquilo que somos e do que queremos, temporariamente, talvez, mas não permanentemente.
E aí entramos novamente nas escolhas. Escolher aquilo que queremos pras nossas vidas, aquilo que queremos ser, e é possível, é perfeitamente possível, quem disser que fez algo porque não teve escolha, mentiu! E o pior, mentiu pra si mesmo. Sempre há escolhas, mesmo que algumas vezes haja culpa com algumas delas. E culpa pra quê? A gente não pediu pra nascer, tem certeza que não vai sair vivo de nada disso e o intervalo é muito, muito curto.
E quem foi que disse que a gente precisa de algum motivo pra fazer alguma coisa? Se der vontade, faça, use o bom senso, ou espere o porre passar e faça! E cada um que tire as suas próprias conclusões! Como eu já disse anteriormente, crescer nem sempre é fácil assim, mas tem suas vantagens, e a melhor delas é ter a consciência de que se faz algo, por algum motivo e que o motivo, é o que realmente se que fazer, sem medo, sem culpa e sem pretensão de que dê certo, pois quando se atira a esmo, o máximo que acontece é não acertar, mas não tem problema, o objetivo não era esse mesmo!
Tiago Giacomoni

sexta-feira, 4 de março de 2011

Tempo

Nos últimos dias tenho pensado muito sobre o tempo. E talvez esse seja o bem mais precioso que tenhamos e a riqueza que mais desperdiçamos em nossas vidas. O tempo é relativo, particular e diferente para cada pessoa, pois, a medida é feita pela nossa percepção. Pergunte a um paciente na fila de um transplante que pode salvar a sua vida e ele te dará um conceito de tempo, pergunte a um condenado a pena de morte na fila da cadeira elétrica e ele também te dará um conceito de tempo. E aqui não falo de mérito, e sim de percepções.
Não há nada que nos ensine mais, que nos faça mudar mais, que nos faça crescer mais do que o tempo e quanto mais o tempo passa, não há nada que a gente deseje mais do que tempo. A gente quer tempo pra fazer tudo àquilo que se quer fazer, aquilo que se tem que fazer no dia a dia, tempo pra ficar com a família, tempo com a pessoa amada, a gente quer que o tempo passe logo pra esquecer que a pessoa amada já não nos ama mais, ou vice-versa, a gente quer que o tempo volte pra corrigir erros, tempo, tempo, tempo...
E por que perdemos tanto tempo? Por que magoamos quem amamos e por que deixamos as pessoas nos magoarem tanto? E por que raios perdemos um tempo do cão deixando de fazer aquilo que queremos fazer, fugindo de nós mesmos, com medo de parecer isso ou parecer aquilo? Se tem uma coisa que realmente nos faz realmente perder tempo é a preocupação, é não fazer aquilo que se quer fazer de verdade. Vi uma frase muito interessante um dia desses que é “controla-se aquele que não se controla”, penso que partindo desse conceito combinado com uma boa dose de bom senso as coisas com certeza fluem melhor.
 E é curioso como a gente se esquece das limitações que temos, e esquece também das “ilimitações” que temos, da infinidade de possibilidades de sermos felizes. Limitação essa que chega a uma média de 60 a 70 anos, pra nascer, aprender a abrir os olhos, aprender a andar, aprender a ler e escrever, aprender a se superar e a competir, a compartilhar, aprender a perder e a ganhar, aprender a crescer e no fim, mas bem no fim, aprender a aprender, e a perceber o quanto isso é maravilhoso! O mais legal de tudo é que com o tempo a gente vê que nascer é fato, aprender a andar, a ler e a escrever não é assim tão difícil, se superar exige esforço, competir não significa ser desleal, compartilhar é lindo, que perder é necessário, que ganhar é ótimo principalmente quando há esforço nisso, que crescer não é assim tão fácil mas a gente consegue e que aprender é tudo!
Quanto as “ilimitações” lembre-se que um dia mulheres não votavam, casais não podiam se beijar em público, pessoas eram queimadas por serem diferentes e o mundo era muito mais chato. O mundo está mudando. As pessoas estão mudando. Ser feliz já não é mais direito, e sim DEVER.
Permita-se, seja feliz, ainda há tempo!

Tiago Giacomoni

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Batalhas

Guerra, batalha, luta confronto. Nada, além disso. Cada situação que passamos nada mais é do que uma nova guerra e o que muda não é o grau de dificuldade de cada batalha, mas sim a habilidade de guerrear que adquirimos Não há nada melhor do que sair vitorioso após um confronto, a não ser a sensação de ter encontrado a paz sem um confronto. E seria isso possível? Toda a história contada é a versão do vencedor, mas desconfio que isso também seja uma questão opinião. Não a história, mas o título de vencedor. E quem é vencedor? Quem saiu menos machucado ou quem sobreviveu a ferimentos fatais? Toda a batalha tem um objetivo comum; a paz. O que acontece é que existem pontos de vista diferentes e por conseqüência, conceitos diferentes de paz. Diferenças. Essa talvez seja a palavra que nos causa mais arrepios. É fácil pensar diferente, o difícil é aceitar que o outro pensa diferente.
Pontos de vista diferentes, mudanças, conceitos, pré-conceitos, tudo forma o “lado” pelo qual você luta. Não se dá uma luta por vencida antes dela começar. Não se ergue a bandeira da vitória sem ao menos ter virado um guerreiro. Não se subestima o adversário, principalmente quando ele for você mesmo. E esse é o pior de todos os confrontos. A maior de todas as lutas é com nós mesmos, e quando você encontra a paz com a própria consciência, sem ferir ninguém e se recupera dos ferimentos fatais que certamente sofreu aí sim você pode dizer que é o vencedor, ou pelo menos contar a sua versão e fazer com que ela prevaleça sobre as demais, afinal, a história é sua.

Tiago Giacomoni


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Parâmetros

Parâmetros. Precisamos deles para saber o que é bom ou ruim, pois sem o ruim não sabemos o que é o bom e vice-versa. São comparações necessárias, é a ordem natural. É preciso criar diferenças e confunde-se demais igualdade com eqüidade. Não somos uma linha de produção, feitos em massa, idênticos, embora sejamos facilmente programados para não pensar, apenas comprar conceitos, fazer o mesmo que todos fazem e seguir chamando isso de vida própria. E mesmo assim, é tudo tão grande... E o pior é que ninguém avisa quando a gente cresce.
Não existem fórmulas nem receitas que dêem 100% de certeza do sucesso ou do fracasso, mas se você não tentar com certeza nunca vai descobrir. Crescer dói, mas junto com a bagagem de erros e acertos que carregamos vem também a naturalidade em encarar as situações e quanto maior a bagagem, mais parâmetros, quanto mais parâmetros mais se sabe o que é bom ou ruim pra si próprio.
São tantas escolhas, são tantos papéis, o profissional que tem que ser focado e competente, o familiar tem que ser amoroso e solícito, o amigo tem que ser companheiro e verdadeiro e temos que ser tanta coisa que as vezes um único momento consigo mesmo é simplesmente espetacular. Precisamos de equilíbrio porque quando a gente nasce ninguém avisa o que vem pela frente. A questão é, ou você permanece criança, se exime de responsabilidades e vive em uma bolha ou você cresce, estoura a bolha e vive na realidade, vive de verdade.
E quando você cresce e se permite viver nessa realidade vendo as coisas de forma natural e adulta você entende que nenhum parâmetro é bom ou ruim pra sempre e sim diferente porque temos momentos de vida e necessidades diferentes em cada momento. Crescer é questão de escolha. Felicidade é questão de escolha. Desapegar-se a parâmetros também. E só quando você se desapega consegue ver que o momento já mudou e os parâmetros também.

Tiago Giacomoni

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Liberdade!

Liberdade Pode ser uma meta, uma esperança ou um modo de vida, só depende de cada um e cada pessoa vivencia isso de forma diferente. Como conceito é amplo e por muitas vezes difundido de forma errada e mal compreendido.
A liberdade não consiste em tornar tudo lícito e de acordo com as "leis" da consciência pessoal, pois essas "leis" são particulares e muitas vezes erroneamente convencionais.
Há quem conceitue essa liberdade como "fazer tudo aquilo que se quer fazer". Eis uma das muitas dádivas que vem com o tempo e com o inevitável fato de crescer: a compreensão de que ser livre é tomar decisões, arriscar-se, ser consciente em tudo o que se faz e não apenas ter histórias pra contar, pois, com o tempo, muitas delas nós preferimos não contar. E isso também faz parte dessa liberdade, somos livres pra sermos quem quisermos ser e mostrar somente aquilo que nos convém. As pessoas têm o direito de ser somente o que querem ser para quem quiserem ser. E mesmo "editados" ainda somos nós mesmos e não há inverdade nisso, apenas convencionalidade.
Somos livres para pensar, agir e formar nossas próprias opiniões e com o passar do tempo, e conhecendo um mínimo de história básica, fazendo uma análise, mesmo que empírica de todas as mudanças que aconteceram no mundo, da evolução do pensamento das mudanças de costume e da quebra de paradigmas que ocorre ao longo do tempo, digo que a liberdade é o direito e até mesmo o dever de sermos felizes, somos únicos e imperfeitos, temos o direito de errar de se arrepender de voltar atrás e iniciar novamente sempre que quisermos. Isso é a liberdade, e muitas vezes nos acorrentamos, nos prendemos a uma determinada situação, sem enxergar saídas nem opções e esquecemos da grandiosidade da supracitada liberdade!
E que não se confunda liberdade com inconseqüência.
E que não seja esquecido O FATO de sermos livres.
E que seja sempre lembrado que todos podemos ser felizes independente da compreensão que se tenha de liberdade pois ela é mais que um conceito e sim uma atitude!
Tiago Giacomoni