Guerra, batalha, luta confronto. Nada, além disso. Cada situação que passamos nada mais é do que uma nova guerra e o que muda não é o grau de dificuldade de cada batalha, mas sim a habilidade de guerrear que adquirimos Não há nada melhor do que sair vitorioso após um confronto, a não ser a sensação de ter encontrado a paz sem um confronto. E seria isso possível? Toda a história contada é a versão do vencedor, mas desconfio que isso também seja uma questão opinião. Não a história, mas o título de vencedor. E quem é vencedor? Quem saiu menos machucado ou quem sobreviveu a ferimentos fatais? Toda a batalha tem um objetivo comum; a paz. O que acontece é que existem pontos de vista diferentes e por conseqüência, conceitos diferentes de paz. Diferenças. Essa talvez seja a palavra que nos causa mais arrepios. É fácil pensar diferente, o difícil é aceitar que o outro pensa diferente.
Pontos de vista diferentes, mudanças, conceitos, pré-conceitos, tudo forma o “lado” pelo qual você luta. Não se dá uma luta por vencida antes dela começar. Não se ergue a bandeira da vitória sem ao menos ter virado um guerreiro. Não se subestima o adversário, principalmente quando ele for você mesmo. E esse é o pior de todos os confrontos. A maior de todas as lutas é com nós mesmos, e quando você encontra a paz com a própria consciência, sem ferir ninguém e se recupera dos ferimentos fatais que certamente sofreu aí sim você pode dizer que é o vencedor, ou pelo menos contar a sua versão e fazer com que ela prevaleça sobre as demais, afinal, a história é sua.
Tiago Giacomoni