quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ponto de Vista

          Um ponto de vista é uma opinião, uma determinada forma de pensar baseada em fatos, convicções e experiências e na forma como vemos os mesmos. É um conjunto de conceitos que forma algo em que acreditamos e que passamos adiante e que faz com que a gente caminhe em direção daquilo que queremos... Ou pro lado oposto disso.
          Tudo que vivenciamos vai nos fazendo agir e pensar de determinadas formas que seriam totalmente diferentes se as experiências fossem diferentes. Constantemente dizemos: “se eu pudesse voltar atrás eu faria de outra forma”... Se fizesse diferente não seria você! É a velha mania de perfeição do “faça isso”, “faça aquilo”, “seja assim que é bom”, “não seja assado que é feio”... Feio é julgar e achar que só um ponto de vista é certo, tudo é diferente e cada um é um. Simples assim. Duas (ou dez) pessoas podem passar pela mesma situação e ter pontos de vista totalmente diferentes. E a gente vai se construindo com tudo que vive, vai juntando os pedaços, um aqui, outro ali, vai encontrando pessoas que nos fazem mudar, nos fazem descobrir quem realmente somos, aí é que a gente começa a viver, formando nossos pontos de vista e é aí também que entra o problema, porque, a gente forma o nosso, e não considera nenhum outro.
          Mas, se um ponto de vista é uma forma de pensar baseada em fatos, convicções ou experiências, e se não é possível mudar nem fatos, nem experiências, basta trabalhar nas convicções, pois convicções só são convicções até que nos provem o contrário, e se mesmo assim não der certo, a gente muda a visão e a visão muda tudo. A gente nunca desiste do que quer, apenas deixa (talvez temporariamente) de querer.
          Nenhum ponto de vista é definitivo, aliás, nada é definitivo. Já dizia Lulu Santos: “tudo muda o tempo todo no mundo”. E muda porque a gente muda... Muda porque mudar é bom, mudar faz bem, mudar é a melhor alternativa a se tentar sempre!

Tiago Giacomoni

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Limites

A grande questão não é a dor, nem a frustração, nem a raiva e nem mesmo a sensação de “braços atados”, mas sim os limites de até quando a gente agüenta cada coisa e cada situação. Dizem que quando a gente acha que não consegue mais, ainda temos mais 20 ou 30% a mais de força, como uma reserva que o corpo tem escondida pra quando precisar. Fato! A parte boa de chegar ao limite de uma situação é ver que o limite não é tão difícil assim quanto parecia, e no fim, é tudo uma questão de equilíbrio, um certo Tiago Giacomoni já disse uma vez neste mesmo blog que a dimensão das coisas é a gente quem dá!
A parte difícil é que a gente esquece. Esquece de olhar calmamente, torna grande quem e o que é pequeno e por perder tempo demais com o que é pequeno, esquece o quando a gente é grande! A gente esquece o objetivo maior quando algo nos desafia em uma coisa menor. Perde-se o foco e se esquece que a vida é bem maior do que o “ovo” que são os nossos problemas que a gente também se esquece de esquecer!
Considerando que a vida é bem maior como já disse, acho perda de tempo ater-se a coisas que não agregam, pessoas que não somam e situações que não fazem feliz só pra vencer uma queda de braço ou uma batalha ou uma guerra... Existem três maneiras de se guerrear: ou você parte para um ataque esmagador com todas as armas e forças... Ou você tem estratégia e paciência e vai exterminando o inimigo aos poucos ou você simplesmente se retira, e para esta decisão cabem também três perguntas básicas: 1ª - Pelo que se está lutando de verdade? 2ª - Vale a pena lutar? 3ª – Qual é o ganho com a vitória, além da inflação do ego e da temporária sensação de satisfação?
Ego... Sempre o ego, batalhas foram travadas, pessoas morreram, reinos foram destruídos pela idéia tosca de que só há uma verdade, de que não há espaço para todos, de que só há um modo de fazer e um lado certo... O certo é aquilo que a nossa consciência permite que a gente viva bem e nos tempos de hoje, com tanta diversidade a gente já devia ter se dado conta disso. Felizmente, o que ocupa o espaço físico neste mundo são os nossos corpos, e não nossos egos!
Tiago Giacomoni

domingo, 7 de agosto de 2011

Perspectivas

Depois que a gente muda e muda o nosso pensamento, a nossa perspectiva muda. As coisas, as pessoas, os fatos e todas as “peças” do “quebra-cabeça” continuam as mesmas, o que mudou foi somente a nossa visão sobre isso. E a nossa visão, é claro, muda absolutamente tudo.
Tudo tem dois lados, toda a história de guerra contada é somente a versão do vencedor e é a sua visão ali exposta. O que geralmente se esquece é que, possivelmente a história é maior do que somente o que foi contado, assim como as coisas são maiores do que parecem e as pessoas são mais complexas e mais completas do que apenas serem boas ou más, até porque, até mesmo essa denominação depende de um ponto de vista, que é pessoal e individual.
Uma ameaça que pode se tornar uma oportunidade, uma oportunidade que pode se tornar uma ameaça e a mudança de perspectiva que pode mudar absolutamente tudo, porque nada é somente aquilo que parece ser.
A questão é: só é possível mudar e se tornar a visão que alguém tem de nós, ou aquilo que queremos ser quando nós mudamos e realmente nos enxergamos dessa forma, do contrário, é uma opinião alheia e que não terá a menor importância, pois quando se sabe aquilo que se é e o que não é... Não há necessidade de aprovação, nem de auto-afirmação, nem de provar alguma coisa pra quem quer que seja, porque quando a gente muda, tudo passa a ser permitido, o princípio que se segue é o de ser feliz e aqui, também não entram créditos ao “certo” ou “errado”, apenas um simples “convêm” ou “não convêm” naquele momento!

Tiago Giacomoni