quarta-feira, 24 de julho de 2013

Instituições corporativas, soluções eleitoreiras e Yo no comprehendo lo que siente.



Desde que o mundo é mundo sabe-se que uma ameaça pode tornar-se uma oportunidade e vice-versa. Com o perdão da hermenêutica simplória e talvez pouco embasada, vejo tudo de forma muito clara. Tanto os problemas, quanto as soluções. A barreira são os interesses, também desde que o mundo é mundo.
“O despertar do gigante” trouxe de volta o sentimento de patriotismo da grande massa e a conscientização da necessidade de mudança esquecidos há muito tempo e talvez estas tenham sido as únicas coisas boas até agora. O que conseguimos de concreto? A redução (mínima) de valor de uma tarifa absurda paga para um serviço que, nem de longe, é ideal? Reivindicamos mudanças em caráter emergencial, recebemos propostas de mudança descabidas e duvidosas.
Uma consulta popular através de plebiscito - ao que tudo indica tendencioso – para promover uma reforma ELEITORAL (eleitoral e não política, como pedimos) que só propõe mudanças na lei eleitoral, não interferindo no atual sistema e não trazendo mudança imediata alguma.
A nossa presidenta tenta colocar goela a baixo que a vinda de médicos do exterior é a solução para o problema do caos na saúde, como se não houvesse nenhum problema estrutural no meio do caminho. Fala-se do corporativismo da classe médica, mas quem valida o próprio plano de carreira para ter um salário INICIAL acima de R$ 15.000,00 (entre outros inúmeros benefícios) não é exatamente esta classe. Pelo que entendo, a única exigência da classe médica é que os “colegas importados” sejam submetidos a uma avaliação para atestar que todos estão aptos a prestar um serviço de qualidade à população, o que não deveria ser um problema, pelo contrário, esta deveria ser a preocupação do Estado, considerando-o como Instituição responsável por governar para o bem comum em todas as suas atribuições.
Propõe-se destinar royalties do petróleo para a educação e saúde. Propõe-se um recesso e adiamento da votação do que poderia fazer alguma diferença em curto prazo. Não preciso dizer qual das duas propostas foi aceita, sem discussões.
E as vozes das ruas vão ficando roucas, enquanto temos propostas eleitoreiras e soluções paliativas com efeito de Rivotril para gigantes.
Mas o importante é que saímos bem na foto nos protestos. Com, ou sem Instagram.
 

Meu ponto de vista sobre a vinda do papa, a igreja católica e religião

Não sou católico. Tive uma criação católica, fui batizado, fiz primeira eucaristia e até crisma. Não questiono a fé de quem participa tampouco as obras benéficas desta igreja, mas optei, por livre e espontânea vontade, não me considerar católico por questões de ideologia, em função de algumas crenças da INSTITUIÇÃO igreja católica que não se encaixam no meu ponto de vista. Ok, muitos católicos também não concordam com muitas das ideologias da igreja, mas continuam sendo católicos e frequentando a missa todo o domingo. Bom para eles que vão para o céu (ou não). Particularmente acho a maioria dos rituais (sim, são rituais) da igreja católica muito bonitos e emocionantes (de verdade), mas o meu senso crítico não me permite participar de algo que não acredito. O que não quer dizer que eu seja ateu, ou que nunca vá à igreja, ou que eu seja satanista, ou que eu odeie todos os católicos, ou nada do tipo. O problema é que as pessoas não entendem que NÃO CONCORDAR é diferente de SER CONTRA. Eu posso não concordar com algo, mas respeitar quem concorda. Só porque eu não faria algo, não quer dizer que eu odeie quem o faz. Se você me tratar bem eu vou te tratar bem. Se você me tratar mal eu vou continuar te tratando bem, pois a minha educação não depende da sua.
De modo algum as minhas últimas críticas sobre o assunto são direcionadas a quem é católico e participa do evento, mas sim a algumas das ideologias defendidas por esta instituição e ao gasto de dinheiro público e podem ter certeza, eu questionaria se fosse para qualquer outra instituição ou líder religioso. Estado laico, para quem não sabe, é um conceito (e infelizmente, no Brasil é só conceito mesmo) que diz que o País tem posição neutra no campo religioso, ou seja, não é evangélico, católico, umbanda ou espírita... É neutro! Considerando isso, não acho justo que o governo financie - mesmo que parcialmente - a vinda do líder religioso de UMA PARTE DA POPULAÇÃO. (Teoricamente, o país é de todos, os investimentos são para todos). E meus queridos, quando digo “gasto” não estou falando em “quanto custou para o papa vir de avião até aqui”, mas sim em toda a estrutura que foi mobilizada para isso (segurança, hospedagem, transporte, etc) para, além do papa e sua comitiva, todos os nossos estimados ministros, senadores, deputados e o resto da quadrilha irem até o evento. E SIM, quem pagou fomos nós. Eu, você, seus amigos e até a Xuxa (com pacto ou sem, rsrs).
Mas NÂO, não concordo com católicos situacionais, fãs situacionais, revolucionários situacionais e cidadãos situacionais que só se interam parcialmente dos assuntos através do Facebook e querem formar opinião baseados em uma rede social (em “formar”, leia-se: compartilhar o que a maioria pensa).
E sobre o que eu acredito, acredito que o país pode ser melhor. Basta cada um fazer a sua parte enquanto cidadão ao invés de ficar esperando milagre.
Por hora, era isso.

Das coisas que são inevitáveis

Existem algumas coisas na vida que são inevitáveis entre elas, alguns fatos: Você vai se decepcionar, você vai morrer e você vai mudar.
Toda a decepção, obviamente, faz parte do nosso processo de aprendizagem e cada uma delas nos ensina muito. Principalmente a diminuir as expectativas. Expectativas são más, são as bruxas que oferecem maçãs (ou Ades Maçã) na sua porta, expectativas são as vadias dos sentimentos, mas são úteis e não há decepção que dure para sempre, logo, tanto faz!
Não tenho uma opinião formada sobre a morte. Nunca parei pra pensar muito nisso, todas as minhas questões e reflexões sobre a vida me tomam muito tempo pra me preocupar com a morte e com o que pode vir após ela ou não. Acredito que não fazer aquilo que a gente realmente quer é morrer um pouquinho a cada dia e isso é muito pior do que a morte em si.
Agora sobre as mudanças... Essas sim me fazem pensar e muito. Antes, durante e depois de cada uma. E muitas vezes não é nada visível para os outros, mas sim uma mudança de atitude, de hábitos ou de programação do nosso pensamento, coisas que – por si só – mudam absolutamente tudo!
Pode ser que você não crie expectativas, que nada nem ninguém nunca te decepcione, que descubram a fonte da vida eterna e até que você tome Ades Maçã e não aconteça absolutamente nada, porque normalmente a gente tenta contrariar as coisas e fugir do inevitável, mas particularmente, eu realmente prefiro a mudança aos outros dois itens aqui citados (três, se contar o Ades Maçã, mas atualmente conto somente dois considerando este como sinônimo para a morte). Porque quando você muda, tudo ao seu redor muda. Não é como um recomeço e sim como uma sensação de alívio por ter encontrado novamente o caminho certo consciente de todo caminho errado que você já pegou. Definitivamente, das coisas que são inevitáveis na vida, a mudança é a melhor de todas elas!

Os vinte centavos mais valiosos do mundo

Não é só por R$ 0,20 e se você, querido leitor, ainda pensa que esse é o motivo, procure ajuda o mais rápido possível, pois ao contrário da homossexualidade, a sua ignorância tem cura.
O aumento das passagens foi somente o fato que faltava para a paciência dos brasileiros se esgotar. Corrupção, impunidade, problemas na infraestrutura, transporte, saúde, educação e emendas (in) constitucionais como a PEC 37 são alguns dos reais motivos da revolta dos brasileiros. O Brasil é a 6ª maior economia do mundo e ocupa a 85ª posição no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano, indicador que considera algumas variáveis como média de anos de estudo e renda nacional bruta per capita. Segundo a UNESCO (segmento da ONU para Cultura e Educação) em um universo de 127 países pesquisados, o Brasil ocupa a 88ª posição no ranking de educação. Conforme o IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, entre os 30 países de maior carga tributária no mundo, o Brasil é o país que oferece o MENOR retorno em serviços públicos de qualidade à população. Detalhe: é a QUARTA vez seguida que o país ocupa a mesma posição neste último índice.
Enfim, eu poderia trazer diversos outros dados para mostrar que é no mínimo incoerente que o Brasil esteja em uma posição econômica tão elevada e em posições tão baixas quando o assunto é garantir os direitos básicos dos cidadãos, mas não é difícil imaginar os motivos dessas posições tão discrepantes diante de tantos escândalos de corrupção que foram divulgados nos últimos anos.

O problema não é a copa!

Definitivamente, não há problema algum com sediar uma copa, o problema são as prioridades do governo. A previsão orçamentária para a copa de 2014 era de aproximadamente R$ 23 bilhões, mas sabemos que atualmente esse valor passa de R$ 30 bilhões. A lei orçamentária definiu que fossem destinados R$ 99 bilhões para o Ministério da Saúde em 2013, porém sabemos também que alguns “problemas no percurso” não garantem a chegada dessa verba ao destino correto.
 Brasil, um país de todos?

Teoricamente, sim. Infelizmente, não é o que se vê quando sabemos que temos mais de 14 milhões de pessoas analfabetas no país. A tão falada erradicação da pobreza é extremamente questionável quando sabemos que mais de 22 milhões de pessoas vivem em dependência de Bolsa Família. E a realidade é ainda mais assustadora quando sabemos que ainda é necessário madrugar em postos de saúde para conseguir consultas e exames, que muitas vezes demoram meses para acontecer. A maioria dos serviços públicos são ineficientes e precários e apenas uma parte da população tem acesso às condições básicas que garantem uma vida digna. Logo, definitivamente, enquanto os privilégios prevalecerem sobre os direitos, o Brasil não será um país de todos.

Não é um movimento político, é um movimento social.

A sociedade está unida em um movimento apolítico e apartidário que nem de longe é isolado ou pequeno. A presença de bandeiras de partidos nas manifestações é repudiada e é assim que deve ser, principalmente quando se trata de partidos e políticos oportunistas. Não só acordamos, como também levantamos e fomos às ruas reclamar os nossos direitos e deixar bem claro que quem nos representa nesse momento, somos nós mesmos!

Ordem e Progresso

A questão toda é a máxima já conhecida por todos: o governo deve temer o seu povo e não o contrário e apesar da nossa PresidenTA dar depoimentos de que está “tentando entender” os motivos de toda essa movimentação, o povo não vai cair novamente na conversa já conhecida do “eu não sabia”, tão difundida por seu antecessor. Esse é o começo de uma revolução e da mudança que todos esperamos há tanto tempo. É um processo lento que possivelmente afetará mais significativamente as próximas gerações, visto que necessitamos de uma reforma geral - inclusive na cultura do povo – mas afinal, não é essa a sequência conhecida desde sempre? Primeiro ordem, depois progresso!

A rede (anti) social

Se na vida fora do Facebook ou de qualquer outra rede social nós, muitas vezes, repetimos comportamentos sem nem saber o porquê, simplesmente porque é o senso comum e o comportamento da maioria, o que faz pensar que na rede seria diferente? Ora, somos meros repetidores da história, visto que desde sempre aprendemos com os exemplos (bons e ruins) e fomos ensinados sobre como as coisas DEVEM ser e não como elas PODEM ser.
Criou-se um mundo fictício, uma realidade com filtros que deixam tudo mais bonito (tipo Instagram, sabe?), onde não existem problemas (a não ser com bichinhos abandonados). Se você tem opinião, é extremista e chato. Se não tem, é alienado. E tudo o que se faz no dia-a-dia é motivo para um pedido desesperado de atenção, disfarçado de Check-in, foto de uma bela paisagem ou de gente feliz. Quanto mais pessoas curtirem, comentarem ou compartilharem, mais popular você se torna. E no fim, tudo é uma questão de ter o questionário mais assinado da escola. E a gente critica, acha apelativo e no dia seguinte faz o mesmo, sem nem perceber.
O ponto é: É preciso habilidade e paciência pra ter uma vida social, dentro e fora da rede. E que cada um viva como achar melhor. Deixa a puta criticar as putas. Deixa o analfabeto funcional corrigir os erros de português dos outros. Deixa o alienado chamar os outros de alienados. Cada um que se acerte com o seu sindicato depois! Afinal, vivemos em um país livre (a princípio) e se é inútil ter uma postura na rede social e outra diferente fora dela, o contrário é tão inútil quanto.
E, um dia, a vida imitou a arte, hoje imita a rede social.

Recomeço


Eu sempre quis um recomeço, daqueles de filme onde o personagem principal muda de cidade, estado ou país e começa tudo do zero: casa nova, trabalho novo, pessoas novas, experiências novas. O engraçado é que eu sempre quis recomeços quando eu queria usá-los como fuga por algum motivo: uma decepção amorosa, uma briga, uma situação difícil... E eu queria isso para “zerar os registros”, “limpar o histórico” de tudo de ruim e fazer tudo novo... Mas o recomeço que eu sempre quis não aconteceu em nenhuma dessas ocasiões.
Sempre contornei tudo, venci todas as adversidades, contrariei várias possibilidades, enfrentei todos os problemas que eu tive em pé e de cabeça erguida e mesmo quando eu achei que eu não conseguiria, eu dei um jeito de fazer as coisas darem certo. E me orgulho muito disso! E agora, que eu não tenho motivo algum pra ter medo, pra fugir, pra precisar de um recomeço desses de filme o meu recomeço acontece, não exatamente como eu queria, mas sim, melhor do que eu esperava! E graças a todas as vezes que eu não fugi e que tive que enfrentar inúmeras coisas é que eu tenho força suficiente para superar todos os obstáculos que possam vir nessa nova fase.
A verdade é que não há como “zerar os registros”. Por mais que você mude, vá pra outra galáxia ou faça qualquer mudança extrema, tudo que te atormenta te acompanha, a não ser que você realmente tenha coragem de deixar pra trás aquilo que não te serve mais. Algumas coisas são difíceis de conviver, mas por mais desagradável que seja a presença, a ausência é ainda pior.
A coragem não é algo que nasce com a gente, mas é possível sim desenvolver essa virtude. Procurei sempre ser justo, ser bom, ser honesto, sincero e verdadeiro comigo mesmo e com os outros e agir dessa forma foi o que sempre me proporcionou os resultados que eu queria pra minha vida. Se eu agi certo? Eu agi com o meu coração e francamente, em minha opinião, não existe nada mais certo que isso!

Espelho


Uma vez eu fiz uma pergunta nessa mesma página que era: Será que a criança que você foi se orgulharia do adulto que você se tornou?
Olhe para o espelho e diga a si mesmo o que você vê. Não existe um confidente melhor do que você mesmo para contar e admitir aquilo que você não conta para ninguém. Mergulhe em suas emoções e seja sincero com você.
Olhe novamente... Você vê felicidade e satisfação com o seu corpo? Com sua alma? Com sua personalidade? E com as suas atitudes?
Liberte-se dos padrões de beleza, de conduta, do politicamente correto. Dispa-se dos conceitos retrógrados das limitações que o mundo te impõe e simplesmente responda.
Olhe novamente...
Lembre-se que somos uma eterna construção de nós mesmos, que nada é definitivo, que a mudança é uma das únicas certezas que temos na vida e que sempre é possível, não importa o que, sempre é possível.
Arrependa-se, mas não se culpe. Aprenda com seus erros, transforme-se!
Entenda que cada dia é possível aprender mais e por isso é único. Olhe para os espelhos da sua alma e reflita tudo aquilo que você quer. Busque o que você quer e só pare quando aquela criança sentir muito, mas muito orgulho. E jamais esqueça o caminho é sempre mais importante que o destino.

Felicidade


Eu sempre falo sobre decidir ser feliz, se permitir e tudo mais, mas acredito que nunca tenha escrito nada sobre como isso acontece. É um processo muito simples, uma vez que todas as nossas decisões são. O que complica são as consequências de cada uma delas e é por isso que temos tanto medo de tanta coisa.
Acontece que chega uma hora em que a gente cansa... Cansa dos “quases”, cansa dos “e se”, cansa de não fazer as coisas, cansa de tudo. E aí você para e se pergunta:
Já não chega de sofrer?
Já não chega de quases?
Já não chega de complicações e coisas pesadas?
Já não chega de "eu podia", "eu devia", "se eu pudesse", “se eu tivesse feito”...?
Chega, né?
Aceite que você é o responsável pela sua história e que esse e outros clichês são muito verdadeiros. Você colhe o que planta, você recebe o que emite para as pessoas, entre outros... Chega de reclamar, chega de se lamentar, agora é operação TBC – TIRA A BUNDA DA CADEIRA!
Aceite que você já teve a sua cota de coisas negativas na vida e aprendeu bastante com elas. Comece a aprender com as coisas simples e boas. Aceite que você é merecedor das coisas maravilhosas que a vida pode proporcionar e permita que cada uma delas encontre você, se agarre e não solte mais!
Sim, é assim mesmo que acontece quando a gente decide ser feliz. É você e você. Ou você ainda espera a fada madrinha?

Decisões



Na grande maioria das vezes esquecemos o poder de decisão que temos de mudar as nossas vidas. Fugimos tanto da responsabilidade de fazermos felizes a nós mesmos que esquecemos o quanto as nossas próprias decisões mudam tudo.
Há decisões rápidas e fáceis de serem tomadas. Há aquelas que demoram dias, meses ou anos, mas que - mais dia, menos dia - são tomadas. Há aquelas que postergamos por falta de coragem e geralmente, estas são as que nos libertam. Toda a decisão põe fim a algum ciclo, todo o fim normalmente gera um recomeço, um novo passo, uma nova perspectiva e às vezes, mudar a perspectiva é o que mais precisamos no momento.
Talvez, todo esse negócio de “se permitir” não seja tão simples assim. A verdade é que nenhuma decisão está isenta de implicar diretamente na maior de todas elas: a de ser feliz ou não! O problema é que, muitas vezes, escolher ser feliz requer deixar algumas coisas, pessoas, sentimentos, objetivos, antigos princípios e uma série de outras coisas para trás... E isso, de-fi-ni-ti-va-men-te, não é fácil!
Mas tudo faz parte de todo o aprendizado que temos ao longo do nosso caminho. E quando a gente cresce, aprende que as decisões têm que ser tomadas – por si e para si - mesmo que causem dor, pois toda a dor é só mais uma diante de todas as que tivemos e que teremos na vida e que ela, por pior que pareça, é apenas uma das inevitáveis fases da cura.

Vida Útil

Como sempre digo, penso que complicamos demais as coisas. Damos importância demais aquilo que não é importante, deixamos de nos importar com aquilo que realmente importa e nos dedicamos demais aquilo que não exige (e algumas vezes não merece) dedicação.
Tudo tem uma vida útil, um prazo de validade mesmo que invisível, coisas, pessoas, posturas... E não é nem questão de considerarmos tudo como perecível, mas é questão de tudo ter uma história própria, ser aquilo que é e se adequar ou não àquilo que nós somos no momento em que vivemos e de acordo com o que precisamos. Pessoas... Um bom exemplo. Pessoas não são perecíveis, apenas tem um prazo determinado de permanência nas nossas vidas que pode ou não se prolongar e pode ou não reaparecer, porém, sempre tem um prazo, que não é pré-determinado e nem previsível, considerando-se principalmente que nesse caso, são duas histórias: a nossa e a da outra parte envolvida. Nem sempre o momento final da “validade” parte de nós e é justamente por isso, por serem duas histórias ou mais, envolvidas na nossa própria história. O grande problema é a dimensão que damos pra isso, pois quando se tem a consciência de que tudo tem uma vida útil, torna-se mais racional aquele que já espera pela “expiração” do prazo, porém, quando não se tem essa consciência e se baseia somente nesse momento como “grande momento” e o considera permanente, o final é doloroso e frustrante.
Tudo muda constantemente conforme as nossas necessidades. Gosto de exemplificar com pessoas porque como todos têm uma história, necessidades e momentos próprios não é possível prever ou garantir a permanência de alguém nem condicionar nada aos nossos objetivos. E não é questão de não sentir, mas de realmente conseguir ver que nem sempre as coisas são como queremos, as pessoas são livres e, Deus, NÓS SOMOS LIVRES! E somos livres pra tomar decisões, acertar contra todas as previsões, errar contra todas as expectativas, retroceder, reinventar e tentar de novo! E que merda é essa de tornar tudo um erro irreversível? Tudo é reversível, tudo é mutável e tudo, absolutamente tudo tem uma forma diferente de se fazer e um ponto de vista diferente.
E aqui não entram méritos de certo ou errado, “coisificar” ou não as pessoas, tornar banais ou não as situações vividas, porque o que realmente importa talvez continue lá, permaneça intacto e imaculado e continue sendo importante e o que tenha mudado seja apenas a necessidade daquilo naquele momento ou a sua vida útil que possivelmente tenha, mesmo que temporariamente, deixado de existir!

Liderar, reconhecer e desenvolver


Uma das maiores dificuldades que os lideres enfrentam é potencializar as particularidades positivas de cada indivíduo de uma equipe. Criar uma força coletiva eficiente exige desenvolver pessoas - individual e coletivamente - somando conhecimentos, habilidades e atitudes com foco no objetivo comum para que esta caminhada seja uma busca pela excelência contínua.
O reconhecimento do trabalho por parte do líder é parte essencial deste processo. Saber reconhecer um bom trabalho significa tornar visível e claro a cada um e à todos os papéis que os integrantes da equipe ocupam, fazendo com que esta trabalhe consciente de que a sua participação é parte vital para o funcionamento do todo.
É imprescindível que o líder tenha uma visão global e sistêmica para compreender esses fatores e multiplicar esta ótica de interdependência, pois só com todos alinhados e focados é que se constrói uma equipe de alto desempenho e a liderança baseada em delegar, compartilhar, participar e facilitar deixa de ser um conceito e passa a ser uma realidade!


Texto escrito em parceria com Luiz Fernando e Gabriel Colle

Qual é o seu valor?


Qual é o seu valor? O preço do seu trabalho já está definido, ele aparece todo o início de mês como saldo positivo em sua conta (ou não, mas se esse for o caso, troque de emprego), a questão é: o preço do seu trabalho e o seu valor como profissional, estão condizentes? Há reconhecimento deste valor?
Quando você apresenta um produto, você conhece suas características, seus benefícios e suas vantagens, certo? Mas e quais são as suas características? Quais os benefícios de ter a sua força de trabalho? E quais vantagens competitivas um contratador pode ter com as suas habilidades? Hoje, fala-se muito na competitividade empresarial, no branding, na liderança organizacional, mas você já parou pra pensar que você faz parte de um mercado tão competitivo quanto o mercado empresarial? Que mercado é esse? O mercado de trabalho!
Você sabe quais são a missão e a visão da sua empresa? Sabe quais são os valores dela? E os seus? Qual a sua missão? Qual o objetivo do seu trabalho? Onde você espera chegar e em que prazo? Quais os valores pessoais que vão te nortear nessa busca?
Além dessas características, quando você apresenta uma empresa, quando você "a vende" para alguém você fala sobre o histórico, sobre as conquistas, sobre como ela chegou à posição atual e em quanto tempo, destaca a experiência da empresa e todo o seu know-how no seu ramo de atuação, mas você só compreende realmente o valor de um produto, serviço ou empresa quando conhece o pacote de benefícios que ele oferece, a aplicabilidade destes benefícios e a dimensão, o tamanho da mudança que o “isto” em questão faz na vida das pessoas.
Mas e o seu histórico? Será que o seu "pacote" está sendo visualizado por completo com todas as suas experiências, vivências e todo o seu conhecimento? Será que você mesmo consegue visualizar o seu "pacote completo"? Lembre-se I: Você só vende aquilo que conhece e que realmente compraria, pois percebe o real valor disso e paga o preço que estão propondo. E lembre-se II: Alcançar um resultado é fácil, manter esse resultado é benefício de quem conhece o seu próprio valor, utiliza esse valor e faz com que os outros percebam esse valor de forma contínua.
E então, você já sabe qual é o seu valor?

Motivação e Objetivos


A motivação é dependente de fatores internos e externos. Não há como negar que fatores como remuneração, estrutura organizacional e principalmente um clima agradável na equipe influenciam e muito no nosso comportamento profissional. Porém, esses fatores são responsáveis apenas por uma parte da nossa postura. A outra é de nossa responsabilidade, pois é composta pela visão que temos desses fatores, a atitude que temos em nos conformar ou não com o ambiente em que vivemos e a definição dos nossos objetivos.
É necessário ter objetivos claros e a consciência de que cada passo que damos ou deixamos de dar, nos deixa um passo mais próximo ou mais distante dos nossos objetivos. É a velha máxima de que “de grão em grão, a galinha enche o papo". Se considerarmos cada passo que damos como aproximação efetiva daquilo que queremos, trabalhamos mais e melhor, e assim de passo em passo, quando menos esperamos, estamos mais próximos dos nossos objetivos. Estes objetivos correspondem aos fatores internos da nossa motivação.
A atitude entra quando tomamos consciência disso e do poder de transformação que as nossas escolhas tem. O erro ocorre quando nos desmotivamos por achar que estamos indo devagar demais, pois o importante não é a velocidade e sim a continuidade. Quando temos objetivos claros e trabalhamos motivados e focados nestes objetivos, caminhamos naturalmente em direção a eles, transformando a realidade em que vivemos e de passo em passo, atitude por atitude chegamos lá. Mas isso obviamente, você só vai saber, depois que der o primeiro passo.

Tempo de mudança


A mudança é inevitável. O mundo está em constante transformação. A nossa decisão nesse momento é nos adaptarmos a mudança, ou sucumbirmos a ela. Então, ou cumprimos os papéis que nos propomos a cumprir em todos os setores das nossas vidas, buscando mudar junto com o mundo, ou permanecemos em um casulo, tendo a falsa impressão (e ilusão) de que conseguimos adaptar o mundo a nós e não o contrário. Podemos mudar o mundo, mas precisamos mudar primeiro, e esse é o problema.
Não acredito em mudanças repentinas e transformações a lá quadro de programa da Xuxa. Toda a mudança tem fases e se alguma delas for pulada, dá M****. É como uma mudança de casa, se você não encaixota tudo, identificando cada caixa e não define bem onde quer colocar cada coisa na casa nova, o tempo que se perde arrumando tudo é muito maior do que se você tivesse organizado as coisas antes de se mudar. Obviamente, é sempre difícil desapegar de algumas coisas que tenham um grande significado, independente do tempo, mas é necessário jogar algumas coisas fora para que coisas novas e diferentes possam entrar, pois se as coisas tem esse significado, o que mais importa estará sempre conosco. E se com panelas e souvenirs é assim, imagina com sentimentos. Nenhuma mudança acontece isolada, sem antes ou depois. Ela é apenas mais uma das inúmeras conseqüências das nossas próprias atitudes, pois, tudo depende delas e por mais que pensemos que não temos o controle, nós temos. Talvez a mudança mais difícil que tenhamos que fazer é a mudança de consciência, de ponto de vista e de atitude, pois essa sim faz toda a diferença.
Algumas mudanças ocorrem rapidamente, outras demoram anos para acontecer. O que realmente importa é o tempo da nossa adaptação, que é a parte mais difícil de toda a mudança. E nessa experiência sem volta que é a vida, o mais legal de tudo é viver tudo plenamente, é se adaptar rapidamente e aproveitar cada fase, cada momento e cada coisa que não volta (a princípio), porque se as coisas não derem certo, a gente pode mudar, e quem foi que disse que mudança também não pode ser sinônimo de voltar ao que era antes da ultima mudança?
É tempo de mudança! Sempre é tempo de mudança!