Sabe quando
você para e pensa: será que é isso que eu quero fazer pelo resto da minha vida?
Quando
a gente inicia um novo emprego, ou quando começa uma faculdade, uma carreira ou
qualquer coisa que tenha uma promessa de continuar por um bom tempo. Penso que
tudo é uma questão de pensarmos no que temos agora, no que a gente quer agora,
porque o futuro... O futuro é realmente imprevisível.
Tenho
pensado bastante sobre o futuro. Já disse aqui uma vez que a gente perde tempo
demais tentando adivinhar o futuro e quando ele chega, muitas vezes é bem
diferente do que a gente imaginou. O futuro é um resultado constantemente
mutável de acordo com as nossas escolhas, boas ou ruins. E no fim de tudo - se
não é, se torna – uma coisa só. Mudanças, escolhas, perspectivas, histórias,
medos, atitudes... Futuro. E nada mais é do que promessas. Não gosto de
promessas. Quem em sã consciência ousa prometer qualquer coisa com a certeza de
que vai sair de casa e voltar vivo?
As promessas
são uma atitude desesperada que encontramos de tentar selar um acordo, tentar
assegurar o que não é possível assegurar. “Prometo amar-te e respeitar-te, até
que a morte nos separe”. A morte ou a sogra insuportável, até deixar uma toalha
molhada em cima da cama, até descobrir as manias do outro, ou várias outras
coisas que terminam casamentos, causam tsunamis ou mexem com a bolsa de valores.
É por essas e outras que prefiro o conhecido “que seja eterno enquanto dure”, e
não me refiro somente ao amor. O que temos é o “agora” e a gente já o deixa de
lado demais e se só com o “agora” a gente já perde tempo demais, imagine se a
gente parar pra pensar no agora e no futuro, no resto de nossas vidas.
Não há
garantias nem seguro contra a quebra de promessas. Não podemos prever o futuro.
O que existem são apenas promessas que se a gente se esforçar e tiver sorte,
pode cumprir algumas delas. E quanto ao resto da vida? Bom, dizem que o resto
das nossas vidas já começou e que o depois pode nem existir...